sábado, 26 de novembro de 2011

I EBEA/2011 - Vitória da Conquista


ATA do I Encontro Baiano de Estudantes de Agronomia – EBEA/2011
Na reunião realizada no I Encontro Baiano de Estudantes de Agronomia/EBEA no dia vinte e seis de novembro de 2011, os alunos de agronomia das instituições de ensino da Bahia discutimos a cerca das necessidades para as mudanças do curso com a presença dos alunos da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB, Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC, Universidade Federal do Recôncavo Baiano – UFRB e a Instituto Federal de Tecnologia da Bahia – IFBA de Guanambi.
No decorrer da reunião demosntraram insatisfação em relação à interação entre a prática e a teoria das disciplinas curriculares dos cursos de agronomia. Onde os alunos mencionaram que as disciplinas relacionadas à fitotecnia, zootecnia, solos, engenharias e ambientais não são oferecidas as práticas em campo. Além destes também exigimos que todos os cursos da Bahia devem apresentar os seus currículos de acordo com as Normas das Diretrizes Curriculares Nacionais-DCN e a Resolução Nº 1 de fevereiro de 2006 com os Estágios Supervisionados e os trabalhos de Conclusão de Curso-TCC.
Nesse sentindo teve a sugestão que na reformulação das grades curriculares os primeiros semestres do curso fossem de disciplinas básicas e introdutórias na área da agronomia, sendo complementadas ao longo do curso com disciplinas optativas. Onde cada discente optassem pelas áreas de maior afinidade profissional.
Mencionou, ainda, que os nossos professores das disciplinas básicas das instituições (cálculo, matemática, física e outras) devem ter metodologias relacionadas a pratica da área da agronomia. Sugerindo pelos discentes que os professores responsáveis por tais áreas devem ser agrônomos ou possuírem especialização, além destes os docentes devem apresentar interdisciplinaridade nos seus conteúdos em sala de aula.
Os alunos da UESB e UESC reivindicaram que os departamentos fossem substituídos por centros de especialização por área, assim como o sistema estabelecido pela UFRB.
Também teve a exigência que os setores/coordenação de campo disponibilizassem uma área do campo universitário para que os discentes pudessem produzir alimento com o subsidio no valor da alimentação dos mesmos nos restaurantes universitários. Onde as horas trabalhadas em campo pudessem ser repassadas para a alimentação, assim tendo condições para permanência estudantil no período diurno.
Os alunos demostraram insatisfação quanto ao método avaliativo realizado pelos departamentos/centros na avaliação dos professores. Sugerindo que seja marcado previamente o dia e local para a avaliação dos professores no site da instituição de ensino, com posterior divulgação dos resultados obtidos por cada docente.
Além disso, observou que muitos docentes das instituições demonstram falta de interesse com a educação superior utilizando metodologias ultrapassadas, necessitando assim a capacitação e inovação dos docentes.
O curso de Agronomia da UFRB foi o primeiro a ser instituído na América Latina, no entanto os alunos questionaram que a formação do profissional é direcionada para pesquisa. Além desses foi apresentando uma realidade de um bom corpo docente, no entanto não há uma infraestrutura adequada para suprir a necessidade do curso.
Foram questionados acerca da problemática do CREA-BA (Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia) por não estarem presentes no processo de formação do profissional e o apoio na realização de eventos referentes à área da agronomia. Além da ausência de reivindicações para o cumprimento legal do salário mínimo estabelecido para a profissão.
Na reunião discutiu acerca da deficiência dos órgãos, EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola), CEPLAC (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) e Embrapa Mandioca e Fruticultura que são as instituições que tem a finalidade de apoio aos profissionais agrícola do estado da Bahia, pois os mesmos não contemplam as necessidades que a profissão exige.
Especificamente Questionou a desintegração da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) onde as universidades estão abrindo novos cursos em outro campus, no entanto não estruturando os que existem. Os discentes da UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz) apresentaram como uma das deficiências do curso a residência estudantil e o posto médico. Mencionando, ainda a falta de aulas práticas demonstrando uma fragilidade na área de extensão.
Os estudantes da UFRB e UESC se candidataram para sediar o II EBEA. Após defesa das candidaturas foi realizada a votação onde a UFRB obteve a maioria dos votos ficando definido o próximo encontro será em Cruz das Almas no ano de 2012.
Ao final do encontro ficou evidente que os profissionais de agronomia formado nas universidades baianas não contemplam as exigências e a demanda do mercado de trabalho. Em grande parte devido ao fato dos cursos não estarem de acordo com o que é preconizado nas Diretrizes Curriculares Nacionais-DCN estabelecidas na Resolução Nº 1 de fevereiro de 2006 na Câmara de Educação Superior do Ministério da Educação – MEC.

Assim, esta foi lavrada por mim, Risely Ferraz de Almeida, foi lida e aprovada por todos os membros participantes da reunião conforme lista de assinatura em anexo.






2 comentários:

  1. O Curso de Agronomia da UESB é o único curso da Bahia que não tem estágio curricular e trabalho de conclusão de Curso - TCC.

    Essa realidade tem que mudar.
    Porque é um curso que apresenta destaque com os seus alunos.
    No entanto, pode ser melhor ainda...

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  2. Sou Engº Agrônomo formado na UESB e durante 2000 a 2003 fiz parte do CA de Agronomia. Atualmente sou Presidente da AEABA - Ass. Engº Agrônomos da Bahia e peço contatos para que possamos discutir institucionalmente ações conjuntas para 2012.

    nielsonpereira@gmail.com

    Abraço e sucesso a todos!!!

    Nielson Pereira

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